O atual corte de energia é o décimo desde o início da guerra, mas é descrito pela diplomacia europeia como “o apagão mais longo e grave”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a situação como “crítica”, alertando que os ataques russos estão a impedir a reparação das linhas elétricas.

O Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) instou Moscovo a “cessar imediatamente todas as operações militares em torno da central nuclear” e a retirar todas as suas forças e pessoal não autorizado.

A Ucrânia acusa a Rússia de tentar “roubar” a central, ligando-a à rede elétrica russa, e alega que Moscovo construiu 200 quilómetros de linhas de energia para esse fim. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiga, acusou os operadores russos de “ignorarem qualquer consideração pela segurança nuclear” para “agradar aos seus chefes em Moscovo”.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) continua a monitorizar a situação, com o seu diretor-geral, Rafael Grossi, a reunir-se recentemente com o presidente Vladimir Putin para discutir a segurança da central.