Um cidadão ucraniano, identificado como Volodymyr Z., foi detido na Polónia ao abrigo de um mandado de captura europeu emitido pela Alemanha, por suspeita de envolvimento na sabotagem dos gasodutos Nord Stream em 2022. Esta é a segunda detenção de um ucraniano no âmbito da investigação internacional sobre as explosões submarinas que danificaram a infraestrutura energética. A detenção ocorreu em Pruszków, no centro da Polónia, e representa um desenvolvimento significativo na complexa investigação sobre um dos maiores atos de sabotagem de infraestruturas na Europa. O suspeito é alegadamente um instrutor de mergulho que, em setembro de 2022, terá navegado até ao Mar Báltico num iate para colocar os explosivos nos gasodutos. Esta detenção segue-se à de outro cidadão ucraniano em Itália, em agosto, no mesmo âmbito.
As explosões, que ocorreram nos gasodutos construídos para transportar gás natural russo para a Alemanha, intensificaram as tensões geopolíticas já elevadas pela guerra na Ucrânia.
A Rússia, que sempre negou qualquer envolvimento, aproveitou este novo desenvolvimento para reforçar a sua narrativa, acusando os Estados Unidos de cumplicidade.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que seria “impossível” a Ucrânia ter realizado o ataque sem o conhecimento prévio da administração Biden.
Por sua vez, a Ucrânia tem consistentemente negado qualquer responsabilidade.
A investigação oficial, liderada pela Alemanha, continua, mas a autoria do ataque permanece um dos maiores mistérios da geopolítica recente.
Em resumoA detenção de um segundo suspeito ucraniano relacionado com a sabotagem do Nord Stream adiciona uma nova camada de complexidade à investigação. Enquanto as evidências parecem apontar para um envolvimento ucraniano, a Rússia continua a desviar as acusações para o Ocidente, garantindo que o mistério por detrás deste ato de sabotagem permaneça uma fonte de atrito geopolítico.