Estas táticas representam uma ameaça direta e multifacetada à segurança do bloco, exigindo uma resposta coordenada e urgente. A chamada "frota fantasma", uma rede de petroleiros usada por Moscovo para exportar petróleo à margem das sanções, evoluiu para uma ferramenta de desestabilização. Navios desta frota são agora suspeitos de servirem como plataformas para o lançamento de drones, estando ligados a recentes incursões no espaço aéreo dinamarquês.

Um petroleiro, o "Boracay", foi mesmo detido pelas autoridades francesas, levando o Presidente Emmanuel Macron a convocar uma reunião de chefes militares europeus para desenvolver "ações conjuntas" contra esta ameaça, que, segundo ele, financia "40% do esforço de guerra russo".

Além disso, outra embarcação, o "Eagle S", está a ser investigada na Finlândia por suspeita de ter cortado cabos submarinos de energia e comunicações no Mar Báltico. Paralelamente, a Rússia tem vindo a recrutar "agentes dispensáveis" através de plataformas como o Telegram para realizar atos de sabotagem. Estes indivíduos, por vezes criminosos comuns, são pagos em criptomoedas para executar missões como o incêndio de um armazém de uma empresa ucraniana em Londres ou planear ataques na Polónia, Lituânia e Alemanha com explosivos dissimulados em latas de milho. Esta estratégia surge como uma adaptação à expulsão de centenas de agentes russos que operavam sob cobertura diplomática, forçando os serviços secretos de Moscovo a recorrer a métodos mais clandestinos e descentralizados.