A perceção de que a Europa se encontra numa "guerra híbrida" com a Rússia, agravada pelas recentes incursões de drones, dominou a cimeira informal de Copenhaga.
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, resumiu a nova mentalidade ao afirmar que "a paz sem defesa é uma ilusão e porque o poder brando por si só não basta num mundo onde cada vez mais prevalece o poder duro".
Esta visão é partilhada por outros líderes, como a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, que apelou ao fim das "visões nacionais" em matéria de segurança.
No entanto, o debate sobre como financiar este rearmamento expõe fraturas no seio da UE.
Países do flanco leste e do norte, que se sentem mais ameaçados, exigem "solidariedade em matéria de segurança" por parte dos Estados-membros do sul, como Espanha e Portugal, que historicamente beneficiaram de solidariedade económica. O financiamento do proposto "muro de drones" é um exemplo concreto desta tensão.
O antigo secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, criticou o "subinvestimento" geral da Europa em defesa como um "erro grave".
Para responder a estes desafios, a Comissão Europeia está a promover programas de aquisição conjunta de armamento (SAFE) e de reforço da indústria de defesa europeia (EDIP), visando aumentar a prontidão e a capacidade de resposta do bloco, em complementaridade com a NATO.














