Numa reunião em Munique, ministros de nove países europeus (Alemanha, Polónia, Itália, Suíça, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia, Bélgica e Países Baixos), juntamente com o comissário europeu para a Migração, Magnus Brunner, discutiram novas estratégias.

A proposta mais destacada visa criar um quadro jurídico para permitir a "detenção indefinida para a deportação de requerentes de asilo rejeitados", especialmente aqueles com antecedentes criminais. Além disso, os Países Baixos estão em negociações com o Uganda para estabelecer um centro de regresso nesse país, uma ideia que se alinha com o objetivo de processar pedidos de asilo fora do território da UE.

O comissário Brunner considerou "fundamental encontrar soluções comuns a nível europeu" para que a UE possa "recuperar o controlo sobre o que acontece na Europa". Salientou que, atualmente, "apenas 1 em cada 5 pessoas que se encontram ilegalmente na Europa é devolvida, o que é inaceitável".

Estas propostas baseiam-se no novo Pacto sobre Migração e Asilo e no Regulamento de Regresso, que visam acelerar os procedimentos nas fronteiras externas, recorrendo, por exemplo, a inteligência artificial para traduções.

A iniciativa surge num contexto em que a Alemanha registou uma redução de 60% na imigração ilegal após adotar medidas nacionais, como a suspensão do reagrupamento familiar para pessoas com proteção subsidiária.