A sua vitória sugere que a República Checa poderá alterar a sua orientação pró-ocidental, aproximando-se das posições de Viktor Orbán na Hungria e de Robert Fico na Eslováquia, ambos conhecidos pela sua retórica favorável ao Kremlin e pela oposição a um maior apoio militar a Kiev. Este realinhamento poderá fortalecer o chamado "Grupo de Visegrado" como um bloco de oposição dentro do Conselho Europeu. Babiš é um dos fundadores do grupo "Patriotas pela Europa" no Parlamento Europeu, do qual também fazem parte o Fidesz de Orbán e outros partidos nacionalistas como o RN (França), o Vox (Espanha) e o Chega (Portugal). Apesar de não questionar a pertença do seu país à NATO ou à UE, opôs-se à introdução do euro. No entanto, o seu regresso ao poder não é garantido, uma vez que não obteve maioria absoluta e terá de negociar coligações, possivelmente com a extrema-direita. Além disso, enfrentará a oposição do Presidente checo, Petr Pavel, um ex-militar pró-europeu que já afirmou que não dará posse a ministros que defendam a rutura com a UE ou a NATO.