A sua vitória sugere que a República Checa poderá alterar a sua orientação pró-ocidental, aproximando-se das posições de Viktor Orbán na Hungria e de Robert Fico na Eslováquia, ambos conhecidos pela sua retórica favorável ao Kremlin e pela oposição a um maior apoio militar a Kiev. Este realinhamento poderá fortalecer o chamado "Grupo de Visegrado" como um bloco de oposição dentro do Conselho Europeu. Babiš é um dos fundadores do grupo "Patriotas pela Europa" no Parlamento Europeu, do qual também fazem parte o Fidesz de Orbán e outros partidos nacionalistas como o RN (França), o Vox (Espanha) e o Chega (Portugal). Apesar de não questionar a pertença do seu país à NATO ou à UE, opôs-se à introdução do euro. No entanto, o seu regresso ao poder não é garantido, uma vez que não obteve maioria absoluta e terá de negociar coligações, possivelmente com a extrema-direita. Além disso, enfrentará a oposição do Presidente checo, Petr Pavel, um ex-militar pró-europeu que já afirmou que não dará posse a ministros que defendam a rutura com a UE ou a NATO.
Vitória do eurocético Andrej Babiš na Chéquia levanta preocupações sobre novo alinhamento no seio da UE
O partido ANO, do ex-primeiro-ministro populista e eurocético Andrej Babiš, venceu as eleições legislativas na República Checa com mais de 35% dos votos. O resultado aponta para uma potencial mudança na política externa de Praga, com um possível alinhamento com as posições mais críticas de Hungria e Eslováquia em relação a Bruxelas. Descrito como "trumpista" e um dos homens mais ricos do país, Andrej Babiš fez campanha com um discurso soberanista contra "os ditames de Bruxelas", criticando as políticas migratórias da UE, as medidas ambientais e o apoio à Ucrânia.



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