O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, reconheceu a dimensão transnacional do problema, afirmando que "de Dublim a Atenas é evidente: há uma crise habitacional". Costa sublinhou que esta crise prejudica a coesão social, os sistemas democráticos e a competitividade do bloco, sendo um tema que constará da agenda da próxima cimeira formal do Conselho Europeu. Em resposta, o comissário europeu Dan Jørgensen delineou os eixos do futuro plano, que pretende "desencadear uma nova vaga de investimento". As medidas incluem a duplicação do apoio à habitação no âmbito da Política de Coesão, a revisão das regras de auxílios estatais para permitir que os países apoiem mais facilmente projetos de habitação social, e o combate à "financeirização do parque habitacional". Além disso, está prevista uma nova legislação "justa" para os arrendamentos de curta duração, visando mitigar o impacto do alojamento local nos mercados residenciais.
A urgência da situação é corroborada por dados que indicam que, em 2023, um em cada dez europeus gastava 40% ou mais do seu rendimento em habitação, e mais de um quarto dos jovens entre os 15 e os 29 anos vivia em condições de sobrelotação.














