Em resposta, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, lidera uma ofensiva diplomática para alterar as regras de votação e contornar o bloqueio de Budapeste. A Ucrânia deu um passo significativo ao concluir o processo de "triagem" da sua legislação em tempo recorde, um requisito técnico fundamental para o início formal das negociações de adesão.
A comissária europeia para o Alargamento, Marta Kos, elogiou o esforço de Kiev, afirmando que "a Ucrânia cumpriu" e que agora cabe aos Estados-membros "dar luz verde".
No entanto, a unanimidade necessária para abrir os capítulos de negociação tem sido consistentemente bloqueada pela Hungria.
Viktor Orbán tem criticado abertamente o processo, afirmando que a Ucrânia "não é um Estado independente" por ser financiada pelo Ocidente e que a sua adesão deveria ser substituída por uma "parceria estratégica". Face a este impasse, que afeta também a Moldávia, António Costa tem procurado apoios para uma reforma processual: permitir que a abertura dos capítulos de negociação seja decidida por maioria qualificada, mantendo a unanimidade apenas para o seu encerramento.
A medida permitiria que os países candidatos avançassem com as reformas necessárias, mesmo com a oposição de um ou dois membros.
A proposta, no entanto, é complexa, pois a própria alteração das regras de votação exige unanimidade, colocando a UE perante um dilema político sobre como gerir a sua estratégia de alargamento face a um membro dissidente.














