As moções foram apresentadas separadamente pelo grupo Patriotas pela Europa (PfE), de extrema-direita, e pelo grupo A Esquerda.

As motivações divergem: o PfE contesta as políticas climáticas e migratórias da Comissão, enquanto A Esquerda foca a sua crítica num acordo comercial celebrado com Washington sobre tarifas alfandegárias.

A votação está agendada para quinta-feira e, para ser aprovada, uma moção de censura necessita de uma maioria de dois terços dos votos expressos, representando a maioria dos eurodeputados, um limiar difícil de alcançar. Uma moção anterior, em julho, foi chumbada por uma margem confortável.

Em resposta, Ursula von der Leyen classificou as moções como uma “armadilha” orquestrada para dividir a União Europeia, afirmando que o Presidente russo, Vladimir Putin, “não esconde a sua alegria com os seus amigos obedientes na Europa”. Apelou à união dos grupos pró-europeus para não caírem “nesta armadilha”.

O debate conjunto das duas moções, que contará com a presença de todo o Colégio de Comissários, promete ser um momento de forte confronto político, refletindo as tensões ideológicas que marcam a atual legislatura do Parlamento Europeu e o desafio à agenda da Comissão von der Leyen por parte dos extremos do espectro político.