O resultado pode alinhar Praga com as posições iliberais da Hungria e da Eslováquia, dificultando ainda mais a tomada de decisões em Bruxelas. Com mais de 35% dos votos, o partido de Babiš venceu as eleições, mas não obteve maioria absoluta, o que o obriga a procurar parceiros de coligação, possivelmente entre partidos de extrema-direita. Babiš, um magnata agroindustrial que se declara “trumpista” e é um aliado próximo de Viktor Orbán, fez campanha com um discurso eurocético e anti-imigração.
O seu regresso ao poder poderá alterar a orientação pró-ocidental da Chéquia, nomeadamente no que diz respeito ao apoio à Ucrânia.
Durante a campanha, Babiš mostrou-se crítico da iniciativa checa de aquisição de munições para Kiev.
A sua oposição à adoção do euro e a sua participação na fundação do grupo “Patriotas pela Europa” no Parlamento Europeu, juntamente com o Fidesz de Orbán e outras forças nacionalistas, reforçam os receios de um fortalecimento do bloco iliberal dentro da UE.
Analistas apontam que, embora o seu pragmatismo possa moderar uma viragem radical, a sua liderança representa um desafio à unidade europeia, numa altura em que a coesão do bloco é fundamental para enfrentar as ameaças externas e internas.














