As propostas, que serão votadas na quinta-feira, refletem a crescente polarização política em Bruxelas e testam a estabilidade do executivo comunitário, embora a sua aprovação seja considerada improvável.
As moções foram apresentadas pelas bancadas dos Patriotas pela Europa (extrema-direita, que inclui o Chega) e pela Esquerda (que integra BE e PCP).
O grupo dos Patriotas acusa a Comissão de levar a União Europeia “ao abismo”, criticando duramente o acordo alfandegário alcançado com Washington, que classificam como uma “rendição comercial”.
Por sua vez, a Esquerda foca as suas críticas na política externa da Comissão, acusando Ursula von der Leyen de cumplicidade com o “genocídio em Gaza” e defendendo que a presidente perdeu a legitimidade para continuar em funções. Em sua defesa, von der Leyen descreveu as moções como “uma armadilha” destinada a desestabilizar o projeto europeu.
A rejeição das propostas é quase certa, uma vez que os principais grupos políticos — Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas & Democratas (S&D) e Renovar a Europa (liberais) — já anunciaram que votarão contra.
O grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) indicou que poderá apoiar a moção da extrema-direita, mas não a da Esquerda.
Esta é a terceira vez que a atual Comissão enfrenta uma moção de censura em menos de um ano, sendo que a primeira, em julho, foi rejeitada com uma margem confortável. Desde 1979, nenhuma das nove moções de censura apresentadas resultou na queda de um executivo comunitário.














