Este pedido evidencia as limitações da capacidade industrial de defesa europeia e a dependência contínua do apoio militar norte-americano.
Numa entrevista à Agência France-Presse, a embaixadora ucraniana na NATO, Alyona Getmanchuk, foi explícita: “Os países europeus da NATO não podem substituir as armas dos EUA, nem em modelo, nem em volume, nem em velocidade de entrega”.
A diplomata sublinhou que “as armas americanas continuam a ser cruciais, especialmente para a defesa aérea”, citando como exemplo as baterias Patriot, que são entregues quase exclusivamente através da iniciativa PURL, um fundo multinacional liderado pelos EUA que permite aos parceiros europeus financiar a transferência de equipamento americano para a Ucrânia. Kiev já recebeu cerca de 2 mil milhões de dólares através deste mecanismo, com financiamento dos Países Baixos e de países escandinavos, e espera que a iniciativa atinja um fluxo de mil milhões de dólares por mês. Getmanchuk esclareceu que não se trata de uma preferência por armas americanas, mas sim de uma necessidade pragmática: “O problema é que estamos a pedir aos Estados Unidos armas que os europeus não podem fornecer”. Este apelo surge num momento em que a Ucrânia defende a necessidade de realizar “ataques profundos” em território russo para neutralizar a fonte das agressões, uma estratégia que requer armamento de longo alcance, como os mísseis Tomahawk, que a administração Trump indicou recentemente estar disposta a fornecer.














