Enquanto a Espanha formalizou um embargo total de armas a Israel, uma reunião de países europeus e árabes em Paris para discutir o futuro da Palestina foi duramente criticada por Telavive. O parlamento espanhol ratificou um decreto-lei que impõe um “embargo total” à exportação e importação de armas e material de defesa de e para Israel, uma medida justificada como resposta ao “genocídio em Gaza”. A decisão, apoiada pelos partidos de esquerda e nacionalistas, foi criticada pela oposição de direita, que a considerou prejudicial para a Espanha. O governo de Pedro Sánchez, um dos mais críticos de Israel na Europa, defendeu que o diploma vai “o mais longe possível” dentro da legislação internacional e europeia.
Entretanto, em Paris, uma reunião ministerial juntou países europeus como França, Alemanha e Espanha com nações árabes como o Egito e o Qatar para discutir o “dia seguinte” ao conflito, incluindo a governação de Gaza e a reconstrução.
A iniciativa, que visa apoiar o plano de paz proposto pelo presidente norte-americano Donald Trump, foi recebida com hostilidade por Israel. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa'ar, considerou a reunião “supérflua e prejudicial”, acusando o presidente francês Emmanuel Macron de tentar “desviar a atenção dos problemas internos às custas de Israel” e criticando a presença de governos “abertamente hostis a Israel”, como o espanhol.
Esta tensão diplomática evidencia a dificuldade da UE em manter uma voz unida na sua política para o Médio Oriente.














