Incidentes como a violação do espaço aéreo da Estónia por caças MiG e o sobrevoo de drones não identificados sobre infraestruturas críticas na Bélgica, Polónia, Roménia, Dinamarca e Alemanha levaram a presidente da Comissão Europeia a declarar que a Europa enfrenta uma “guerra híbrida”.
Ursula von der Leyen afirmou perante o Parlamento Europeu que “um incidente pode ser um erro, dois uma coincidência.
Mas três, cinco, dez?
Trata-se de campanhas deliberadas e direcionadas contra a Europa”.
A líder do executivo comunitário defendeu uma resposta firme, sublinhando que “cada centímetro quadrado do nosso território deve ser protegido”.
Nesse sentido, a UE está a preparar medidas concretas, como a criação de um “muro de drones” no flanco leste para detetar e neutralizar aeronaves hostis. Esta iniciativa surge da constatação de que é insustentável mobilizar caças de última geração para abater drones de baixo custo. A presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nadia Calviño, já manifestou disponibilidade para apoiar o financiamento de infraestruturas contra drones, dando especial atenção ao flanco oriental.
A estratégia europeia passa também por aprender com a experiência da Ucrânia no combate a estas ameaças e por reforçar a indústria de defesa do continente, garantindo que o investimento se traduza em empregos e inovação dentro da União.














