Durante declarações na Casa Branca ao lado do seu homólogo finlandês, Alexander Stubb, Donald Trump classificou Espanha como um “país atrasado” (“laggard”) em matéria de despesa militar e afirmou: “Talvez devessem expulsá-los da NATO, francamente”. A crítica surge no contexto do novo compromisso assumido pelos aliados da NATO de alocar 5% do seu PIB para a defesa até 2035. Espanha, no entanto, rejeitou esta meta, considerando-a “desproporcionada”, e comprometeu-se a atingir apenas 2,1% do PIB.
O governo espanhol reagiu prontamente às declarações de Trump.
Vários ministros, incluindo a vice-presidente María Jesús Montero e a ministra da Defesa Margarita Robles, afirmaram que Espanha é um “membro leal e de pleno direito” da Aliança Atlântica, com os “mesmos direitos que os Estados Unidos”. Madrid argumenta que o seu compromisso de 2,1% é suficiente para garantir as capacidades militares acordadas com a NATO e que um aumento maior prejudicaria os orçamentos sociais. Fontes da Aliança, citadas pela agência Europa Press, esclareceram que não existem procedimentos formais para expulsar um Estado-membro, interpretando as palavras de Trump como uma tática de pressão para aumentar os gastos com a defesa, uma exigência recorrente do presidente norte-americano. Esta não é a primeira vez que Trump visa Espanha; já na cimeira de Haia, em junho, tinha ameaçado o país com mais tarifas aduaneiras pela mesma razão.














