A NATO deu início ao seu exercício anual de dissuasão nuclear, "Steadfast Noon", sediado nos Países Baixos e com a participação de 14 países aliados. As manobras, que simulam o uso de armas nucleares, visam garantir a credibilidade da dissuasão da Aliança num contexto de tensões com a Rússia. O exercício, que decorrerá durante duas semanas, envolve 71 aeronaves militares de 14 países da NATO e será conduzido a partir de bases nos Países Baixos, Bélgica, Reino Unido e Dinamarca, bem como sobre o Mar do Norte. As autoridades da Aliança Atlântica sublinham que se trata de um exercício de rotina que não utiliza armas nucleares reais, mas simula cenários em que estas poderiam ser empregues.
O objetivo é testar e garantir a fiabilidade, segurança e eficácia da capacidade de dissuasão nuclear da NATO. O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou que o exercício “envia um sinal claro a qualquer adversário em potencial de que iremos e podemos proteger e defender todos os aliados contra todas as ameaças”.
A realização destas manobras anuais assume particular relevância no atual contexto geopolítico, marcado pela invasão da Ucrânia pela Rússia e pela retórica nuclear de Moscovo.
O exercício decorre também numa altura em que se verificam várias incursões de drones russos no espaço aéreo da NATO, o que aumenta a sensibilidade em torno de demonstrações de capacidade militar. Jim Stokes, responsável pela política nuclear da Aliança, frisou que o exercício não é dirigido a nenhum país em particular nem está ligado a eventos específicos, reforçando o seu caráter defensivo e de rotina.
Em resumoO exercício "Steadfast Noon" reafirma a importância da dissuasão nuclear para a segurança da NATO e dos seus membros europeus. Realizado anualmente, o exercício ganha um significado acrescido no atual clima de tensão com a Rússia, servindo como uma demonstração de prontidão e coesão da Aliança Atlântica na sua capacidade de defesa coletiva.