As propostas, apresentadas pelos grupos políticos da extrema-direita e da esquerda, foram claramente rejeitadas, num gesto que a presidente do executivo comunitário interpretou como uma recusa em cair numa "armadilha" para desestabilizar a União Europeia.
A primeira moção, do grupo Patriotas pela Europa (extrema-direita), acusava a Comissão de levar a UE "ao abismo" e de se render comercialmente aos Estados Unidos. A segunda, do grupo da Esquerda, denunciava uma alegada cumplicidade de von der Leyen com o "genocídio em Gaza".
Ambas as propostas necessitavam de uma maioria de dois terços para serem aprovadas, mas foram chumbadas com o voto contra dos principais grupos: Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas & Democratas (S&D) e Renovar a Europa (liberais). Esta foi a terceira vez em menos de um ano que a atual Comissão enfrentou uma moção de censura, mas nenhuma das nove apresentadas desde 1979 resultou na queda de um executivo comunitário.
Após a votação, Ursula von der Leyen agradeceu o "forte apoio" recebido através das redes sociais, prometendo continuar o "trabalho de proximidade com o PE para resolver os desafios" da União.
A sua contra-ofensiva durante o debate foi dura, afirmando que o presidente russo Vladimir Putin “não esconde a sua alegria com os seus amigos obedientes na Europa” que tentam dividir o bloco.














