A visita da Alta Representante Kaja Kallas a Kiev e o reforço do acordo de associação sublinham o compromisso a longo prazo do bloco com a soberania e reconstrução ucraniana. Durante a sua visita a Kiev, Kaja Kallas, Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, acusou Moscovo de estar a "brincar à guerra" com as suas incursões no espaço aéreo europeu, afirmando que as tensões estão a ir "além do contexto de um conflito hipotético". A visita serviu para discutir o contínuo apoio financeiro e militar, com especial destaque para uma proposta da Comissão Europeia de criar um empréstimo de reparações para a Ucrânia, no valor de 140 mil milhões de euros, financiado com os lucros dos cerca de 210 mil milhões de euros em ativos russos imobilizados na UE. A Comissão espera que o mecanismo esteja operacional na primavera de 2026.
No entanto, a proposta enfrenta reservas jurídicas e financeiras por parte de alguns Estados-membros, como a Bélgica, onde se encontra a maioria destes ativos, que questionam a sua legalidade e o potencial impacto na estabilidade do euro.
Este tema dominou a última cimeira informal de líderes e será central na próxima reunião do Conselho Europeu.
Além do apoio financeiro, a UE aprovou o reforço do acordo de associação com Kiev, visando fortalecer os fluxos comerciais e alinhar gradualmente a Ucrânia com as normas de produção da UE, embora mantendo um mecanismo de salvaguarda para setores agrícolas sensíveis.
Numa outra frente, a embaixadora da Ucrânia na NATO apelou aos países europeus para que financiem mais compras de armamento norte-americano, argumentando que a Europa não consegue substituir a capacidade dos EUA "nem em modelo, nem em volume, nem em velocidade de entrega".













