A medida, que entrou em vigor em todos os países do espaço Schengen, visa reforçar a segurança e a eficiência na gestão das fronteiras externas para cidadãos de países terceiros. O EES aplica-se a todos os viajantes de países não pertencentes à UE que entram no espaço Schengen para estadias de curta duração, até 90 dias num período de 180 dias.

O novo sistema regista eletronicamente as entradas e saídas, incluindo data, hora e posto de fronteira.

Na primeira entrada, serão recolhidos dados biométricos — quatro impressões digitais e uma fotografia facial —, medida que será aplicada a partir de dezembro.

Uma das principais funcionalidades do sistema é a identificação automática de quem excede o período legal de permanência, permitindo uma gestão mais rigorosa dos fluxos migratórios. A informação é partilhada em tempo real com as autoridades dos países Schengen através de uma base de dados centralizada e interoperável com outros sistemas de segurança europeus, como o Sistema de Informação Schengen (SIS II).

A Comissão Europeia descreveu o lançamento como "um sucesso", reportando mais de 100 mil registos nos primeiros dois dias.

Segundo o Sistema de Segurança Interna (SSI) de Portugal, o EES representa "um avanço na segurança, eficiência do controlo fronteiriço e gestão automatizada", permitindo detetar mais rapidamente documentos falsos e outras ameaças.

A implementação será faseada ao longo de seis meses para permitir a adaptação das autoridades, da indústria dos transportes e dos viajantes aos novos procedimentos.