Durante encontros com a imprensa e com o presidente finlandês, Donald Trump descreveu a posição de Espanha como "incrivelmente desrespeitosa", classificando o país como um "retardatário" na Aliança. A frustração do presidente norte-americano culminou na sugestão de que "talvez devessem expulsar" Espanha da NATO por não cumprir os novos compromissos, ameaçando ainda com a imposição de tarifas alfandegárias.

A controvérsia remonta à cimeira da NATO em junho, onde os aliados concordaram em elevar gradualmente o investimento para 5% do PIB até 2035.

Espanha, no entanto, rejeitou a meta, considerando-a "irracional", e manteve o seu compromisso nos 2,1% do PIB.

Em resposta às críticas, vários ministros do governo espanhol, liderado por Pedro Sánchez, vieram a público afirmar que Espanha é um membro "leal e de pleno direito" da NATO e que cumpre com as suas obrigações. A ministra da Defesa, Margarita Robles, sublinhou que Espanha é "um dos aliados mais sérios e mais fiáveis".

Aumentando a pressão, o embaixador dos EUA junto da NATO, Matthew Whitaker, advertiu que "o mundo é demasiado perigoso para se dar por garantida a segurança", acrescentando que "não há exceções" para os objetivos de investimento. Fontes da Aliança, no entanto, esclareceram que não existem procedimentos para expulsar um Estado-membro, enquadrando as declarações de Trump como uma tática para pressionar os aliados a aumentar as suas despesas militares.