As suas declarações de que a adesão do Montenegro está "verdadeiramente ao alcance" sinalizam um novo impulso político, numa tentativa de contrariar a frustração generalizada com a lentidão do processo.
Durante a sua visita, von der Leyen prometeu apoio "a cada passo do caminho" aos países dos Balcãs Ocidentais, que aguardam há anos pela adesão.
No caso específico do Montenegro, que apresentou o seu pedido em 2008, a presidente da Comissão foi particularmente otimista: "Se o Montenegro continuar neste caminho, com esta velocidade e determinação [...] o objetivo de aderir à nossa União estará verdadeiramente ao seu alcance". Encorajou o país a "avançar a toda a velocidade com as reformas em matéria de Estado de direito".
Este novo fôlego surge num contexto em que os países da região se sentem injustiçados ao verem as candidaturas da Ucrânia e da Moldávia avançar rapidamente, alimentando o ceticismo em relação à UE e fortalecendo a influência russa e chinesa.
Paralelamente, um movimento de autarcas europeus, reunidos na Cimeira das Cidades de Timisoara, apelou a um papel mais central para as cidades no processo de alargamento. Na "Declaração de Timisoara", os autarcas argumentam que, sendo o nível de governo mais próximo dos cidadãos, as cidades devem ter uma voz nos debates, acesso a financiamento direto da UE e apoio para partilhar boas práticas com os seus pares nos países candidatos, considerando o alargamento um "imperativo de segurança para uma Europa unida e resiliente".














