As campanhas, cada vez mais sofisticadas, visam corroer a confiança pública, minar a credibilidade dos meios de comunicação e aprofundar as divisões sociais no seio do bloco. O documento descreve a Rússia como o ator "mais agressivo", mas salienta que a China e o Irão intensificaram as suas estratégias, utilizando ferramentas de Inteligência Artificial e redes de 'bots' para contornar as medidas restritivas impostas pela UE.

Estas campanhas adaptam-se para explorar novas tecnologias e visam países como a Bulgária, Áustria e França.

A preocupação com a desinformação é partilhada por 88% dos europeus, segundo um inquérito recente da UE.

Em resposta, Bruxelas tem vindo a reforçar a sua legislação, com destaque para a Lei dos Serviços Digitais (DSA), que obriga as grandes plataformas a combater a desinformação sistémica.

Adicionalmente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de um "Escudo Europeu da Democracia" e de um novo "Centro Europeu para a Resiliência Democrática" para monitorizar e detetar a manipulação de informação.

Apesar destes esforços, o relatório alerta que "a batalha é desigual", pois "a desinformação é rápida e barata de fazer, enquanto a verificação e desmistificação é lenta e cara".