A controvérsia surgiu após Espanha ter sido o único aliado a não se comprometer com a nova meta da NATO de dedicar 5% do PIB à defesa até 2035, mantendo o seu objetivo em 2,1%.

Em resposta, Donald Trump classificou a posição de Madrid como "incrivelmente desrespeitosa" e ameaçou impor um "castigo comercial, através de tarifas".

Estas declarações exacerbaram as tensões transatlânticas sobre a partilha de encargos na defesa.

A resposta da União Europeia foi inequívoca, com a Comissão Europeia a garantir que sairia em defesa de Espanha. Fontes de Bruxelas e ministros espanhóis, como José Manuel Albares, lembraram que a política comercial é uma competência exclusiva da UE, o que significa que os EUA não podem impor tarifas unilateralmente a um único Estado-membro sem negociarem com todo o bloco. O governo espanhol desvalorizou as ameaças, reiterando que Espanha é um "parceiro fiável" da NATO e que as relações com os EUA são positivas, apesar das divergências.

Este episódio ilustra o papel da UE como um escudo económico para os seus membros, capaz de contrapor pressões bilaterais, mesmo de um aliado estratégico como os Estados Unidos.

Demonstra também as profundas divergências sobre a partilha de custos da segurança coletiva que caracterizam a relação da administração Trump com a Europa.