A viagem sublinha a renovada urgência geopolítica de integrar a região, num contexto de crescente influência russa e chinesa e de frustração local com a lentidão do processo.

Durante a sua visita anual, Von der Leyen passou pela Albânia, Montenegro e Sérvia, transmitindo mensagens adaptadas a cada país.

Em Tirana, anunciou o desembolso de quase 100 milhões de euros e elogiou o progresso do país, afirmando que a UE estaria presente "a cada passo do caminho". Em Montenegro, declarou que a adesão à UE "está verdadeiramente ao seu alcance" se o país mantiver o ritmo das reformas.

A mensagem para a Sérvia foi mais exigente.

Em Belgrado, após um encontro com o Presidente Aleksandar Vucic, a líder do executivo comunitário pediu "progressos no que respeita ao Estado de direito" e um "maior alinhamento" com a política externa da UE, numa clara referência à necessidade de a Sérvia aderir às sanções contra a Rússia.

A visita ocorre num momento em que os países dos Balcãs Ocidentais expressam frustração por verem as candidaturas da Ucrânia e da Moldávia avançar rapidamente, enquanto as suas se arrastam há anos.

Esta "perceção de porta entreaberta", como referem os artigos, alimenta o ceticismo em relação à UE e abre espaço para outras potências. A iniciativa de Von der Leyen visa contrariar esta tendência, reanimando o processo com promessas de integração gradual e apoio contínuo, ao mesmo tempo que a UE debate internamente reformas, como o fim da unanimidade em certas fases do processo de adesão, para tornar o alargamento mais ágil.