A iniciativa visa aumentar a pressão económica sobre a Rússia e eliminar a dependência energética remanescente do bloco.

Esta proposta, aprovada com uma larga maioria de 83 votos a favor, representa um endurecimento da posição do Parlamento Europeu em relação às sanções energéticas contra Moscovo.

O objetivo é antecipar a meta anterior da UE, que previa o fim das importações de GNL russo até 2027.

A resolução visa "proteger os interesses da União Europeia contra a instrumentalização do fornecimento de energia pela Federação Russa".

A medida, se for adotada pelo Conselho, afetaria os Estados-membros que ainda importam gás russo, como Portugal, embora em proporções relativamente pequenas. Segundo os dados, a quota russa nas importações de GNL em Portugal caiu de 15% em 2021 para cerca de 5% em 2024. Para garantir a eficácia da proibição, os eurodeputados propõem também impedir o armazenamento temporário de gás de origem russa em instalações da UE a partir da mesma data, de modo a evitar o contorno das sanções.

O texto prevê ainda um enquadramento legal que permitiria aos operadores energéticos europeus invocar "força maior" para rescindir os contratos de longo prazo existentes com fornecedores russos.

A proposta será agora negociada com os Estados-membros no Conselho, onde a decisão final será tomada.