O comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen, anunciou um "apoio esmagador" dos Estados-Membros à medida, que permitirá à UE "conquistar a sua independência energética".

A decisão, que abrange tanto o gás por gasoduto como o gás natural liquefeito (GNL), foi tomada por maioria qualificada no Conselho da UE.

A proposta reflete uma aceleração dos planos do bloco, embora o Parlamento Europeu defenda uma data ainda mais ambiciosa, propondo o fim das importações de GNL russo já em 1 de janeiro de 2026. A medida não é, contudo, isenta de desafios internos.

Países como a Hungria e a Eslováquia, que são fortemente dependentes do gás russo e têm mantido posições mais conciliatórias com Moscovo, expressaram resistência, classificando a decisão como "um ataque direto à segurança energética".

Apesar disso, Bruxelas parece determinada a avançar, mesmo sem o apoio de Budapeste e Bratislava.

Portugal encontra-se entre os oito Estados-Membros que ainda importam GNL da Rússia, embora em proporções relativamente pequenas (cerca de 5% em 2024), e terá de encontrar alternativas para cumprir os novos prazos.