Os críticos, incluindo a presidente do Comité das Regiões Europeu, Kata Tüttő, e o líder da comissão COTER, Vasco Alves Cordeiro, argumentam que a proposta promove uma "dupla centralização".
Por um lado, entrega aos governos nacionais "envelopes nacionais" com grande flexibilidade, fundindo fundos de coesão, agrícolas e de pescas, o que pode levar a uma gestão politizada e a um aumento das assimetrias territoriais.
Por outro, cria um novo Fundo Europeu para a Competitividade, altamente centralizado em Bruxelas e focado em grandes indústrias como a defesa.
Vasco Cordeiro alerta que este modelo "amputaria a UE da sua dimensão regional e local", alienando os cidadãos do projeto europeu.
Kata Tüttő adverte para o risco de a coesão ser reduzida a um fundo de caridade apenas para as regiões mais pobres, perdendo o seu caráter de ferramenta de investimento para a transição de todos os territórios.
A proposta, elaborada com um "sigilo injustificado", é vista como uma ameaça à governação multinível e à participação das regiões, podendo potenciar o populismo e o euroceticismo.














