Estas campanhas visam corroer a confiança pública, minar a credibilidade dos meios de comunicação e aprofundar as divisões sociais dentro do bloco.

O documento destaca que, embora a Rússia continue a ser o ator "mais agressivo", a China e o Irão intensificaram as suas estratégias, utilizando ferramentas de Inteligência Artificial (IA) e redes de contas automatizadas ('bots') para contornar as restrições impostas e ampliar o alcance das suas narrativas. A tática consiste em adaptar as técnicas para explorar novas tecnologias e explorar as vulnerabilidades das sociedades europeias.

A influência destas campanhas é sentida em toda a comunidade, com países como Bulgária, Áustria e França a serem alvos frequentes do Kremlin.

Em resposta, Bruxelas tem vindo a reforçar a sua legislação, nomeadamente com a Lei dos Serviços Digitais (DSA), que obriga as grandes plataformas a combater a desinformação sistémica.

Além disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de um novo "Centro Europeu para a Resiliência Democrática" para monitorizar e detetar a manipulação de informação.

No entanto, o relatório adverte que "a batalha é desigual", sublinhando que a produção de desinformação é "rápida e barata", enquanto a sua verificação e desmentido é um processo "lento e caro".