A medida, que visa setores estratégicos como o gás e as finanças, foi adotada após a Eslováquia ter levantado o seu veto.
Este novo conjunto de medidas restritivas é um dos mais abrangentes até à data e, pela primeira vez, atinge diretamente o setor do gás russo, descrito pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, como "o coração da sua economia de guerra". O pacote inclui um bloqueio total às importações de gás natural liquefeito (GNL) russo a partir de 1 de janeiro de 2027, bem como novas restrições financeiras que proíbem transações com bancos russos, bolsas de criptomoedas e instituições em países terceiros que apoiem o esforço de guerra de Moscovo.
A Alta Representante da UE, Kaja Kallas, sublinhou a eficácia crescente das medidas, afirmando que "é cada vez mais difícil para Putin financiar esta guerra".
Além do setor energético, as sanções visam a chamada "frota fantasma" de petroleiros russos, com mais de 118 navios adicionados à lista, e impõem limites à exportação de tecnologias sensíveis.
A UE alargou também o seu alcance geográfico, sancionando empresas na China e na Índia que apoiam a indústria militar russa.
A aprovação do pacote foi celebrada pelos líderes europeus e pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que o considerou "crucial".
A decisão foi possível após a Eslováquia, cuja economia é dependente do gás russo, ter retirado as suas objeções, demonstrando um esforço contínuo para manter a unidade do bloco na sua resposta à agressão russa.














