No entanto, a Comissão Europeia considera que o tema não é uma prioridade política e a falta de consenso entre os Estados-membros continua a bloquear qualquer decisão, apesar de o Parlamento Europeu já se ter pronunciado a favor da medida em 2019.
O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, argumentou que a mudança semestral dos relógios "já não faz sentido", citando os seus efeitos negativos na saúde e nos ritmos biológicos e a ausência de poupanças energéticas significativas.
A sua proposta foi apresentada na semana em que a Europa se prepara para regressar ao horário de inverno. Contudo, a resposta de Bruxelas foi cautelosa.
O comissário da Energia, Dan Jorgensen, afirmou que, embora a abolição seja uma "opção lógica", "não é uma prioridade política neste momento" e anunciou a necessidade de um novo estudo de impacto.
O principal obstáculo reside na falta de acordo no Conselho da UE sobre qual fuso horário permanente adotar. A proposta original da Comissão, de 2018, permitia que cada país escolhesse entre o horário de verão ou de inverno, mas gerou receios de um "caos temporal" que fragmentaria o mercado interno.
Atualmente, os países nórdicos são dos maiores defensores do fim da mudança, enquanto Portugal e Grécia se opõem, temendo consequências para o turismo e o comércio.
Perante o impasse, o dossiê permanece bloqueado e a prática de ajustar os relógios duas vezes por ano continuará em vigor.














