A iniciativa visa encontrar "resultados mais concretos" para posicionar a UE face aos seus principais concorrentes económicos, os Estados Unidos e a China.

O tema da competitividade tem estado na agenda dos líderes europeus há vários meses, mas com poucos avanços práticos.

A intenção de Costa é replicar o formato de um retiro informal, semelhante ao que organizou sobre defesa em fevereiro de 2025, para permitir um diálogo mais aberto e estratégico entre os chefes de Estado e de Governo. O desafio central para a UE é encontrar um equilíbrio entre a manutenção dos seus elevados padrões sociais e ambientais e a capacidade de competir com economias que beneficiam de energia mais barata, menos burocracia e maior apoio estatal à indústria. A discussão surge mais de um ano após a publicação do relatório do antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi, que estimou em 800 mil milhões de euros a necessidade de investimento anual adicional para a UE acompanhar o ritmo de inovação e descarbonização dos seus concorrentes. Draghi criticou a "lentidão e inércia" da UE e propôs medidas arrojadas, como a emissão de dívida comum e uma nova estratégia industrial.

A cimeira proposta por Costa pretende ser um passo para transformar estas recomendações em ações concretas.