O comissário dos Transportes Sustentáveis, Apostolos Tzitzikostas, argumentou que a mudança de hora "já não serve qualquer propósito", não gerando poupanças energéticas significativas e tendo impactos negativos na saúde, especialmente em crianças e idosos. A proposta original, impulsionada por uma consulta pública em que 84% de 4,6 milhões de inquiridos se manifestaram a favor do fim da mudança, previa que cada Estado-membro escolhesse manter-se permanentemente no horário de verão ou de inverno. Contudo, esta flexibilidade gerou receios de um "caos temporal" no mercado único, com países vizinhos a operarem em fusos horários diferentes.

Atualmente, apenas três dos 27 Estados-membros apoiam ativamente a medida.

Países como Portugal e Grécia opõem-se, temendo consequências para o turismo e o comércio, enquanto outros, como Alemanha e França, preferem aguardar por uma avaliação mais aprofundada.

Perante o bloqueio, a Comissão Europeia anunciou um novo estudo de impacto, mas confirmou que, até haver um acordo no Conselho, os relógios continuarão a ser ajustados duas vezes por ano.