A decisão do país, membro da União Europeia e da NATO, visa fortalecer as suas capacidades de defesa e preparar a juventude para responder a potenciais crises.

A nova legislação estabelece um serviço militar básico obrigatório com a duração de dois meses para todos os jovens do sexo masculino de 19 anos, após um exame médico de aptidão. O primeiro recrutamento está previsto para o início de 2026.

Os recrutas receberão uma remuneração de 1.100 euros mensais, e o período de serviço será contabilizado como antiguidade. Para aqueles que se declarem objetores de consciência por motivos morais ou religiosos, está prevista uma alternativa de serviço na proteção civil, com a duração de três a quatro meses.

As mulheres não são obrigadas a prestar serviço, mas podem participar voluntariamente.

O Ministério da Defesa da Croácia justificou a medida com a necessidade de ensinar aos jovens "competências e conhecimentos básicos necessários em situações de crise, para que possam contribuir para a segurança nacional". A decisão alinha-se com o compromisso da Croácia de aumentar os seus gastos com a defesa para 2,5% do PIB até 2027, superando a meta de 2% da NATO, num claro sinal de que a instabilidade provocada pela guerra na Ucrânia está a levar os países europeus a repensar as suas estratégias de segurança nacional.