A iniciativa surge em resposta à guerra na Ucrânia e às advertências de altos responsáveis militares sobre um possível confronto direto com a Rússia nos próximos anos. O Conselho Europeu chegou a um acordo sobre a prontidão da Europa na área da Defesa, apelando à criação de coligações de capacidades e ao lançamento de projetos concretos no primeiro semestre de 2026.

Esta abordagem estratégica a nível da UE é complementada por ações bilaterais e nacionais.

O Reino Unido e a Alemanha anunciaram patrulhas conjuntas para rastrear submarinos russos no Atlântico Norte, uma colaboração que visa "ajudar na defesa contra a agressão russa".

A cooperação, ao abrigo do Acordo de Defesa da Trinity House, envolve aeronaves de patrulha marítima P-8A Poseidon a operar a partir da Escócia.

Paralelamente, os chefes militares de França emitiram alertas severos.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Fabien Mandon, afirmou que o exército deve estar "pronto para um embate daqui a três ou quatro anos", enquanto o chefe do Estado-Maior do Exército, Pierre Schill, reforçou a necessidade de o país estar "preparado para entrar em guerra". Estes avisos ecoam uma avaliação dos serviços secretos alemães, que alertaram que a Rússia poderá estar pronta para um confronto com a NATO antes de 2029, levando o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, a defender o fortalecimento das Forças Armadas alemãs.