Numa carta enviada aos líderes dos Estados-membros antes da cimeira do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen defendeu que a proposta para o sistema de retornos "põe uma grande ênfase na eficácia e na simplificação dos processos, incluindo o reconhecimento em toda a UE das decisões de retornos". A iniciativa prevê também a criação de uma base legal para a utilização de "plataformas de retornos", que seriam instalações para deter temporariamente migrantes antes da sua deportação. "Precisamos de avançar com celeridade e chegar a um acordo que dê resultados tangíveis", afirmou a presidente da Comissão. Esta pressão de Bruxelas é acompanhada por movimentos de um grupo de Estados-membros. À margem da cimeira, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, organizou uma reunião informal com líderes de países como Dinamarca, Países Baixos, Alemanha e Áustria para discutir "soluções inovadoras em matéria de migração". Meloni, uma das principais defensoras de uma linha mais dura contra a imigração ilegal, confirmou que uma reunião técnica para dar seguimento a estas discussões terá lugar em Roma.
Estas iniciativas inserem-se no contexto do "Pacto para o Mediterrâneo", que visa reforçar a cooperação com países de origem e trânsito para gerir os fluxos migratórios.














