No entanto, a medida, aprovada pelos eurodeputados em 2019, continua bloqueada por falta de consenso entre os Estados-membros no Conselho.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que o seu país iria propor formalmente o fim definitivo da mudança de hora, argumentando que "já não faz sentido" e que a ciência demonstra que esta perturba os ritmos biológicos sem representar uma poupança de energia significativa. No Parlamento Europeu, a Comissão e vários grupos políticos manifestaram o seu apoio, com o comissário dos Transportes, Apostolos Tzitzikostas, a afirmar que a prática "já não serve qualquer propósito" e se tornou "fonte de complicações desnecessárias". Apesar do apoio popular, evidenciado numa consulta pública de 2018 onde 84% dos inquiridos se mostraram a favor da abolição, a proposta está paralisada no Conselho.
O principal obstáculo é a falta de acordo sobre qual o fuso horário a adotar de forma permanente — o de verão ou o de inverno —, com o receio de que uma escolha descoordenada crie um "caos" temporal na Europa. A Comissão Europeia, através do comissário da Energia, Dan Jorgensen, esclareceu que o tema "não está no topo da agenda política" e que será necessário um novo estudo de impacto, confirmando que, até lá, as mudanças de hora irão manter-se.
Apenas três dos 27 países apoiam ativamente a medida, enquanto outros, como Portugal e Grécia, manifestam oposição.














