A decisão insere-se num esforço mais amplo do país, membro da UE e da NATO, para fortalecer as suas capacidades de defesa. A nova legislação estabelece um treino militar básico obrigatório de dois meses para todos os jovens de 19 anos, com o primeiro recrutamento previsto para começar antes do final do ano. Os recrutas receberão um salário de 1.100 euros mensais. A lei prevê a possibilidade de objeção de consciência por motivos religiosos ou morais, que implicará a realização de um serviço civil de três a quatro meses.

Para as mulheres, a participação no serviço militar permanece voluntária.

O Ministério da Defesa da Croácia afirmou que o objetivo é ensinar aos jovens competências básicas "necessárias em situações de crise, para que possam contribuir para a segurança nacional". A decisão da Croácia está em linha com o seu compromisso com a NATO, tendo o país atingido a meta de alocar 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa em 2024, com planos para aumentar este valor para 2,5% até 2027.

O restabelecimento da conscrição é uma resposta direta à alteração do panorama de segurança no continente, impulsionado pela guerra na Ucrânia, e reflete uma tendência observada em vários países europeus que estão a reavaliar as suas políticas de defesa e prontidão militar.