A Bélgica, onde está sediada a Euroclear, que detém a maior parte dos ativos, teme as complexas consequências legais e financeiras, incluindo litígios com a Rússia, e a potencial perda de confiança no seu sistema financeiro. Por outro lado, a Rússia já advertiu que a UE terá de devolver os ativos "com juros" se os confiscar.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que tais medidas podem provocar "muitas dores de cabeça e muitos problemas à UE".
Em contrapartida, os países nórdicos, como a Dinamarca, a Finlândia e a Suécia, recusam veementemente a alternativa de emitir nova dívida conjunta da UE.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, foi clara: "Acho que o único caminho a seguir, e realmente gosto da ideia, é que a Rússia pague pelos danos que causou na Ucrânia".
A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, defendeu a proposta dos ativos russos como "juridicamente sólida", enquanto o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considera a decisão "crucial" e espera uma resolução positiva até ao final do ano.
A Comissão Europeia parece estar a usar a hipótese dos eurobonds, impopular entre países "frugais" como a Alemanha e os Países Baixos, como uma tática de pressão para que a Bélgica ceda. A decisão foi adiada para a cimeira de dezembro, aumentando a urgência, uma vez que a Ucrânia necessita de uma nova injeção financeira até 2026.













