A aprovação foi possível após a Eslováquia, que inicialmente ameaçava vetar as medidas devido à sua dependência energética, ter levantado as suas objeções.

A nova ronda de sanções é particularmente significativa por visar, pela primeira vez, o setor do gás russo. O pacote inclui um bloqueio total às importações de gás natural liquefeito (GNL) russo a partir de 1 de janeiro de 2027, uma medida que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu como um ataque ao "coração da sua economia de guerra".

A Alta Representante para a Política Externa, Kaja Kallas, reforçou esta visão, afirmando que "é cada vez mais difícil para Putin financiar esta guerra".

Para além do GNL, as medidas reforçam as restrições financeiras, visando bancos russos, bolsas de criptomoedas e sistemas de pagamento, para dificultar transações que possam contornar as sanções existentes. O pacote também expande as sanções à chamada "frota fantasma" de petroleiros, adicionando 117 navios à lista e impondo limites ao acesso a portos e seguros. Numa tentativa de combater a evasão de sanções, a UE incluiu ainda entidades de países terceiros, como a China e a Índia, acusadas de apoiar a indústria militar russa. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou as novas sanções como "muito importantes" e uma "mensagem forte e necessária de que a agressão não ficará sem resposta". A decisão europeia coincidiu com o anúncio de novas sanções por parte dos Estados Unidos contra as petrolíferas Rosneft e Lukoil, sinalizando uma frente ocidental alinhada na pressão sobre Moscovo.