A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou os incidentes como uma "ameaça híbrida" que a UE "não tolerará".
Os incidentes, que se intensificaram ao longo de vários dias, forçaram a suspensão de mais de 170 voos nos aeroportos de Vilnius e Kaunas, afetando dezenas de milhares de passageiros. As autoridades lituanas detetaram dezenas de objetos aéreos, descritos como balões meteorológicos alegadamente utilizados para o contrabando de cigarros.
No entanto, a Lituânia suspeita que estes atos possam constituir operações híbridas orquestradas pela Rússia.
Em resposta, a primeira-ministra lituana, Inga Ruginienė, anunciou o encerramento da fronteira e afirmou que "as forças armadas tomarão todas as medidas necessárias para abater os balões".
O governo lituano pondera ainda invocar o Artigo 4.º da NATO, que prevê consultas urgentes entre aliados em caso de ameaça à segurança.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, juntou-se às condenações, exigindo que a Bielorrússia ponha fim às "ações persistentes e provocativas contra a UE".
Por sua vez, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, qualificou como "absurdo" o argumento para o encerramento da fronteira, atribuindo a responsabilidade aos contrabandistas e negando qualquer intenção de agravar as tensões. A resposta unificada de Bruxelas sublinha a crescente preocupação com as táticas de desestabilização na fronteira oriental do bloco e reforça a determinação da UE em acelerar iniciativas de defesa, como um sistema conjunto antidrones.













