A Alemanha, a França e a Croácia destacam-se com medidas significativas que visam modernizar as suas forças armadas e aumentar a prontidão para um eventual conflito.
A Alemanha revelou um plano de aquisições militares no valor de 377 mil milhões de euros, com o objetivo de transformar a Bundeswehr no "exército convencional mais forte da Europa". O plano abrange os domínios terrestre, aéreo, naval, espacial e ciberespaço, com a maior parte do investimento a ser canalizada para a indústria de defesa nacional. Em França, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Fabien Mandon, alertou que o exército deve estar "pronto para um confronto dentro de três ou quatro anos" com a Rússia, apelando a um "esforço de rearmamento". Paris já colocou em serviço uma nova geração de mísseis balísticos nucleares, o M51.3, modernizando a sua capacidade de dissuasão.
Na mesma linha, a Croácia, membro da UE e da NATO, aprovou o restabelecimento do serviço militar obrigatório, abolido em 2008.
A medida prevê dois meses de treino para jovens de 19 anos, com o objetivo de ensinar competências básicas necessárias em situações de crise. A nível da UE, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, anunciou que os líderes chegaram a um acordo sobre a prontidão na área da Defesa, esperando o lançamento de projetos concretos no primeiro semestre de 2026 para desenvolver "todo o espetro de capacidades modernas necessárias, em plena coerência com a NATO". Este movimento concertado reflete uma mudança profunda na postura de segurança europeia, com um foco renovado na defesa coletiva e na autonomia estratégica.













