A vitória, ainda que tangencial, dos progressistas é vista como um alívio para a Europa e um exemplo de que os movimentos populistas podem ser travados. A queda do governo de coligação de Geert Wilders, devido a desentendimentos sobre políticas de imigração, precipitou eleições que foram acompanhadas com grande atenção em toda a Europa.
O resultado foi uma corrida eleitoral renhida, que inicialmente apontava para um empate técnico, com ambos os partidos, D66 e PVV, a conquistarem 26 assentos no parlamento. Contudo, com o avançar da contagem, o partido de Rob Jetten, D66, assumiu uma ligeira vantagem em número de votos, o que lhe confere a iniciativa para tentar formar governo.
A derrota foi um revés para Wilders, que admitiu esperar “um resultado diferente”. O resultado foi celebrado por Jetten, que declarou que “as forças positivas venceram” e que os neerlandeses se despediram “da política da negatividade e do ódio”.
A vitória do D66, um partido pró-europeu, foi recebida com alívio em Bruxelas e noutras capitais europeias, sendo interpretada como uma interrupção na ascensão da extrema-direita no continente.
O cenário político neerlandês permanece, no entanto, fragmentado.
A demissão de Frans Timmermans da liderança da Aliança Verde de Esquerda, após resultados abaixo do esperado, e a recusa de vários partidos em formar uma coligação com Wilders, antecipam um processo de negociação longo e complexo para a formação do próximo governo, que necessitará do apoio de quatro ou cinco partidos para alcançar uma maioria.













