Segundo Zelensky, o documento “servirá como base para as medidas diplomáticas subsequentes”, sendo o cessar-fogo a condição essencial.

“Este é o plano a partir do qual começa a diplomacia.

E, na essência, é o principal”, declarou, acrescentando que “será muito difícil para a Rússia retomar a agressão se existirem garantias de segurança sólidas” para a Ucrânia.

Esta iniciativa surge após uma declaração conjunta entre Zelensky e líderes da UE, que reiterou o apoio europeu a um cessar-fogo imediato.

Numa vertente judicial, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, David van Weel, anunciou que o seu país irá acolher as fases iniciais da criação do Tribunal Especial para o Crime de Agressão contra a Ucrânia (STCA). “É necessária justiça para os milhares de mortos e feridos, para os milhões de deslocados, para as crianças inocentes deportadas para a Rússia cujo destino ainda se desconhece”, afirmou Van Weel. Explicou ainda que os Países Baixos, em conjunto com a Ucrânia e outros parceiros, trabalharão na estrutura do tribunal para preparar “a etapa seguinte, na qual o tribunal operacional iniciará o seu trabalho de acusação e investigação criminal”.

O ministro neerlandês defendeu também que Moscovo deve compensar financeiramente Kiev, apoiando o uso dos bens russos congelados como garantia para empréstimos.