Numa carta enviada à presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, os líderes das bancadas do Partido Popular Europeu, Socialistas e Democratas, Renovar a Europa e Verdes afirmaram que “não podem aceitar esta proposta como base para iniciar negociações”.

Os eurodeputados opõem-se à abordagem de “um plano nacional por Estado-membro”, argumentando que esta levaria a “decisões nacionais centralizadas” e a uma redução substancial das verbas para a agricultura e a coesão, que defendem dever ser políticas autónomas.

A proposta original da Comissão previa um orçamento de dois biliões de euros para o período 2028-2034, um aumento significativo face ao quadro atual de 1,2 biliões. Para Portugal, o montante proposto seria de 33,5 mil milhões de euros, inserido num total de 865 mil milhões para investimentos e reformas nos 27 Estados-membros, com desembolsos dependentes do cumprimento de objetivos.

A maioria parlamentar exige uma proposta revista que abandone os planos de parceria nacionais, reverta os cortes previstos na agricultura e coesão, e garanta que o Parlamento Europeu seja envolvido “na aprovação e modificação dos planos dos Estados-membros”.

Sem estas alterações, os grupos políticos recusam-se a iniciar as negociações sobre o futuro Quadro Financeiro Plurianual.