A União Europeia classificou as ações de Minsk como uma "ameaça híbrida" e manifestou total solidariedade com Vilnius.
A crise intensificou-se após dezenas de balões, alegadamente utilizados por contrabandistas para transportar cigarros, terem entrado no espaço aéreo lituano a partir da Bielorrússia, obrigando ao encerramento dos aeroportos de Vilnius e Kaunas em várias noites consecutivas.
As autoridades lituanas suspeitam que estes incidentes sejam operações híbridas orquestradas por Minsk, com o apoio de Moscovo.
Em resposta, a primeira-ministra Inga Ruginienė anunciou o encerramento da fronteira e afirmou que “nenhum ataque híbrido será tolerado”, acrescentando que as forças armadas tomarão “todas as medidas necessárias para abater os balões”.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya, apoiou a medida, considerando-a um “passo lógico para proteger a segurança”.
A reação da União Europeia foi imediata.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou o episódio como “uma desestabilização, uma provocação e chamamos-lhe pelo nome: uma ameaça híbrida.
Não a toleraremos”.
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, também manifestou “total solidariedade” e exigiu que a Bielorrússia ponha fim a estas “ações persistentes e provocatórias”.
O governo lituano não exclui a possibilidade de invocar o Artigo 4.º da NATO, que prevê consultas entre aliados perante uma ameaça à segurança.













