O acordo é visto como um reforço da segurança coletiva da NATO, embora as relações da Turquia com a UE permaneçam num impasse. O contrato, avaliado em cerca de 6,1 mil milhões de euros, é considerado crucial para a modernização da Força Aérea turca e para o fortalecimento das capacidades da Aliança Atlântica. O chanceler alemão, Friedrich Merz, justificou a mudança de posição de Berlim, que inicialmente se opunha à venda devido ao apoio de Ancara ao Hamas, afirmando que “todos concordamos que estas aeronaves servirão a segurança coletiva da Aliança”. Os caças Eurofighter são produzidos por um consórcio que inclui Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha, sendo necessário o consentimento de todos para vendas a países terceiros.
Apesar deste avanço na cooperação de defesa, a relação política entre a Turquia e a UE continua tensa.
Merz expressou o desejo de “preparar o terreno para a adesão da Turquia à União Europeia”, mas sublinhou que o país “ainda não cumpre os padrões do Estado de Direito e da democracia”. As negociações de adesão da Turquia, iniciadas em 2005, estão num impasse desde 2018 devido a retrocessos democráticos.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, respondeu às críticas de forma desafiadora, afirmando que se a UE abordar a Turquia com os “critérios de Copenhaga”, Ancara tem os “critérios de Ancara para contra-atacar”.













