Este resultado é visto como um sinal de alívio para os partidos moderados na Europa, travando, pelo menos momentaneamente, a ascensão do populismo no bloco. A contagem de votos revelou uma disputa extremamente renhida, com as projeções a indicarem um empate técnico de 26 assentos parlamentares para o D66 e o PVV, embora com uma ligeira vantagem em votos populares para o partido de Jetten.

O desfecho levou à demissão do líder da Aliança Verde de Esquerda, Frans Timmermans, devido aos resultados abaixo do esperado.

Geert Wilders, por sua vez, admitiu que “esperava um resultado diferente”, enquanto Rob Jetten celebrou a vitória das “forças positivas”, afirmando que os neerlandeses “viraram a página” da “política da negatividade e do ódio”.

O resultado é politicamente significativo para a União Europeia, pois contraria a tendência de crescimento da extrema-direita observada noutros Estados-membros.

No entanto, a formação de um novo governo anuncia-se complexa e demorada, prevendo-se a necessidade de uma coligação de quatro ou cinco partidos, um processo que pode durar vários meses. Apesar da incerteza, a maioria dos outros partidos já tinha descartado a possibilidade de formar uma coligação com Wilders, o que torna improvável a sua chegada à liderança do governo, consolidando a derrota política da extrema-direita.

Aos 38 anos, Rob Jetten poderá tornar-se o mais jovem primeiro-ministro da história do país.