A venda avançou após a Alemanha ter levantado o seu veto, com o chanceler alemão a afirmar que as aeronaves "servirão a segurança coletiva da Aliança".

O acordo, considerado estratégico, foi inicialmente bloqueado pela Alemanha devido ao apoio de Ancara ao Hamas.

No entanto, Berlim reverteu a sua posição em julho, permitindo que o consórcio europeu que constrói os caças (Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha) avançasse com a venda.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, celebrou o contrato como "uma vitória para os trabalhadores britânicos, para a indústria de defesa britânica e uma vitória para a segurança da NATO".

A aquisição é vista pela Turquia como uma solução provisória até à entrada em operação do seu caça de quinta geração, o KAAN. Durante a visita do chanceler alemão a Ancara, este manifestou o desejo de "preparar o terreno para a adesão da Turquia à União Europeia (UE)", mas sublinhou que o país "ainda não cumpre os padrões do Estado de Direito e da democracia". As negociações de adesão da Turquia à UE estão num impasse desde 2018 devido a retrocessos democráticos. O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, respondeu que se a UE abordar a Turquia com os "critérios de Copenhaga", Ancara tem os "critérios de Ancara para contra-atacar".