Estas movimentações sublinham as profundas divisões no seio do bloco europeu quanto à estratégia a adotar face à Rússia.

O primeiro-ministro húngaro confirmou que irá a Washington para se encontrar com o Presidente Donald Trump e pedir uma isenção das sanções contra as empresas petrolíferas russas Rosneft e Lukoil.

Orbán justificou o pedido com a dependência energética do seu país, afirmando que a Hungria é "um país sem litoral" que necessita das importações de gás (85%) e petróleo (65%) da Rússia. Paralelamente, um conselheiro político de Orbán revelou ao 'POLITICO' que a Hungria pretende unir-se à República Checa, liderada pelo populista Andrej Babis, e à Eslováquia, de Robert Fico, para formar um bloco que alinhe posições contra o apoio financeiro e militar a Kiev antes das cimeiras da UE. A intenção é recriar a dinâmica do Grupo de Visegrado, que no passado se opôs às políticas migratórias da UE.

Embora uma aliança formal ainda não esteja consolidada, a sua formação poderia "minar significativamente os esforços da UE para apoiar a Ucrânia". Estas ações ocorrem num momento em que Orbán declara que "qualquer pessoa que apoie a Ucrânia está a apoiar a guerra", contrastando com a posição da maioria dos Estados-membros da UE.