O resultado é considerado um travão à onda populista na Europa e reforça as forças moderadas no seio da União Europeia.
Após uma contagem de votos muito renhida, que inicialmente apontava para um empate técnico, o partido liberal progressista D66 de Rob Jetten foi confirmado como o vencedor, conquistando 26 assentos, o mesmo número que o Partido da Liberdade (PVV) de Geert Wilders, mas com uma vantagem de mais de 28 mil votos. Esta vitória representa uma reviravolta significativa, dado que o PVV tinha sido o grande vencedor das eleições de 2023.
A queda do governo de coligação liderado pela extrema-direita, devido a divergências sobre políticas de imigração, abriu caminho para estas eleições antecipadas.
Rob Jetten, de 38 anos, que se poderá tornar o primeiro-ministro mais jovem do país e o primeiro abertamente gay, é um fervoroso defensor da integração europeia. Numa entrevista, defendeu que "a Europa corre o risco de estagnar se não aprofundarmos a integração" e que os Países Baixos devem "dizer sim à cooperação com mais frequência".
A sua preferência de coligação inclui o Partido Verde-Trabalhista, o VVD (liberal de direita) e os democratas-cristãos.
A derrota de Wilders foi recebida com alívio em várias capitais europeias, que viam com apreensão a possibilidade de mais um governo eurocético num dos Estados-membros fundadores da UE.













